O que leva duas pessoas a formarem um casal convencional, embora partilhando um espaço comum, fecharem-se em bolhas distintas?
Um aglomerado de situações nem sempre ligeiras, fortemente perversas mas sem a necessidade de pôr um aviso importante sobre a violência da própria peça, contudo não existirá sangue nem mesmo nudez explícita, e verdade é que, o riso também poderá ser muito perverso, dependendo dos olhos que o contemplam.
Uma história na qual são apresentadas duas personagens, uma mulher de nome Beatriz e um homem chamado Jerónimo, poderão elas existir mesmo ao nosso lado, nas nossas vidas, indubitavelmente reais. Vão construindo, pouco a pouco, um rumo de vida muito particular, amam-se separadamente, e quanto menos um souber do outro, melhor.
Cresce desta forma uma peça sem intenções de um final, criando uma sequela de peripécias num lar totalmente disfuncional, no qual o espectador é o principal cúmplice tendo a oportunidade inclusive de dar nome a esta Peça s/ Título.
fotografia - Carla Magro Dias